Object-Oriented: 5 trabalhos

Inspirados por um interesse pelas ontologias orientadas à objetos, Gisel Carriconde, Phil Jones e eu organizamos duas coletivas curadas por Gisel Carriconde, uma na Leighton Space, Londres em 2011 e uma na Galeria Espaço Piloto, Brasília, em 2013. A ideia era destacar as capacidades, a vida secreta e as articulações das coisas nas quais nos enterramos, com as quais casamos, nas quais acreditamos, com as quais melhoramos o mundo, com as quais esbarramos e com as quais convivemos.

Object-Oriented
study number 1

Instalação de um trem sobre material aveludado que leva diferentes nomes para 6 objetos de papel da mesma cor que o material do chão. Na coletiva homônima na galeria Leighon Space, Londres, 2011.

Nenhum objeto

Galeria Espaço Piloto, Brasília

No conto de Jane Teller, “Nada”, o personagem pré-adolescente descobre que nada tem sentido e resolve passar o resto de seus dias em cima de uma ameixeira. Quem entra no caixão escuta trechos gravados do texto de Teller apenas enquanto o féretro está fechado.

Um objeto

Galeria Espaço Piloto, Brasília

Apenas um objeto: uma noiva que é o poema de Yechuda Amichai “O lugar onde temos razão” que diz “No lugar onde temos razão não crescem flores na primavera”. Mas o trem orbita com algumas cargas: talismã, marido, objeto pequeno A, objeto de amor e parada.

Dois objetos

Galeria Espaço Piloto, Brasília

Um tênis devorado por uma escada rolante exibe que a errática é a erótica da alagmática; o funcionamento das coisas requer um custo de transporte que é encontrado pela erótica errática.

Casamento com

“O lugar onde temos razão”
de Yechuda Amichai

Galeria Espaço Piloto, Brasília

Um objeto se casa. As duas noivas são casadas por uma outra noiva. Na cabeça da noiva objeto também no original em hebraico: “O lugar onde temos razão está pisoteado e duro como um pátio. Mas dúvidas e amores escavam o chão como uma toupeira, como uma lavradura”