Arte funerária

Enterrar-se para aprender a morrer, aprender a terminar ou aprender a fazer do planeta pele. Há também os roedores, que nem esperaram minha carne começar a apodrecer para me digerir em nome da terra. A terra é lenta como o solo de uma azinheira, mas rapidíssima como seus répteis na iminência do bote. Rápido demais pra mim. Uma pressa de horizontalizar.
A terra faz cócegas. Ela tem ânsias.
Parece toda antiga, e sua pele é familiar e conhecida.
A temperatura da terra – boca seca mordaz – também é ambiguidade. Fria e acalenta. Me amassa e me expele