A moral do começo
A moral do começo:
sobre a ética do nascimento
Hilan Bensusan; Julio Cabrera; Ana Miriam Wuensch
A moral do começo – Sobre a ética do nascimento é livro sobre a passagem do inexistente ao co-existente através do nascimento. Assim, ele discute fazer nascer e deixar nascer como cursos de ação que invocam opções que dizem respeito ao começo da vida (dos outros). O livro gira em torno da tese antinatalista de que fazer nascer é condenável. A tese adquire nuanças que revelam que a passagem do não-ser ao ser está imbricada com a ideia mesma de negação e que a negação – ou melhor, as variedades de negação – tem um caráter ético associado às suas diferenças lógicas. A primeira parte do livro termina por apresentar não uma forma de antinatalismo mas duas, uma baseada na negação como abstenção e outra que imiscui com esta a negação como interrupção. As duas formas de antinatalismo terminam por serem mutuamente incompatíveis gerando assim uma aporia filosófica repleta de consequências. A segunda parte do livro diz respeito aos nascidos e discute a possibilidade mesma de que o nascimento seja a adição de alguma coisa sumamente nova no mundo. O livro conclui com um pósfácio em que o imaginário (carbônico) que faz coincidir nascer e morrer com pontos de passagem entre o não-ser e o ser é ele mesmo pomo de controvérsia.